Por que Nossa Senhora chora?

Nossa Senhora esteve presente aos pés da Cruz de Jesus e recebeu dEle seu último dom: ser Mãe da humanidade. Quando Jesus disse a seu discípulo: “Eis aí tua Mãe!” revelou o vértice da sua maternidade: enquanto Mãe do Salvador, é também mãe de toda a humanidade. Daquele momento em diante, todos os homens redimidos por Jesus se tornaram também filhos de Maria. Quem dera todos descobrissem nessas palavras de Jesus o convite a aceitar Maria como mãe, respondendo como verdadeiros filhos ao seu amor materno. Se agíssemos assim, com certeza, faríamos Nossa Mãezinha do Céu chorar de alegria. Mas ao contrário, Maria derrama lágrimas de tristeza, por nossa culpa.

Sabemos que as mães choram quando as coisas não vão bem com os seus filhos. Com Nossa Senhora não é diferente. As lágrimas de Nossa Senhora traduzem um sentimento de tristeza por cada filho que se perde no pecado. Ela chora por cada um de nós, por causa do nosso comportamento inadequado e mesquinho, que distancia-nos de Deus e do próximo e nos coloca em guerra contra nós mesmo.

Mais especificamente, Nossa Senhora chora pela humanidade:

  • que abertamente renega, ultraja e blasfema o Nome do Senhor;
  • porque cada vez mais se difunde o pecado da impureza e da imoralidade, como a pornografia, a prostituição, a sexualidade e, especialmente, o pecado mais impuro contra a natureza: o homossexualismo;
  • porque generalizou-se o recurso aos meios para impedir a vida, ao mesmo tempo que se difundiram os abortos;
  • porque a humanidade adora a ídolos como dinheiro, fama, vaidade, poder, trabalho, televisão, diversão, sexo… enquanto as coisas de Deus ficam em segundo plano;
  • por causa da maçonaria e das inúmeras seitas que se difundem cada vez mais;
  • por causa do consumismo exagerado e desenfreado que torna o ser humano cada vez mais ganancioso, insatisfeito, egoísta e escravo do “ter”;
  • por causa dos pecados como a traição, a infidelidade, a discórdia, a impureza… que ameaçam as uniões matrimoniais e destroem inúmeras famílias…

Nossa Senhora chora pela Igreja:

  • porque muitos pastores permitiram que lobos vorazes, vestidos de cordeiros, se introduzissem no rebanho, provocando a desordem e a destruição, seguindo pelo caminho da divisão contra o Papa e da recusa do seu Magistério, ao mesmo tempo que preparam, às ocultas, um verdadeiro cisma;
  • porque muitas vidas sacerdotais e consagradas tornaram-se áridas pela impureza, seduzidas pelos prazeres da comodidade e do bem-estar;
  • porque a Igreja segue enfraquecida pelo caminho da divisão, da perda da verdadeira fé, da apostasia, dos erros, que são cada vez mais publicitados e seguidos;
  • porque as pessoas não respeitam suficientemente a Eucaristia ao ponto de cometerem o crime de comunhões sacrílegas;
  • porque muitos católicos não valorizam, nem respeitam a extrema beleza do mistério da Missa;
  • por causa da indiferença, da descrença, do desvanecimento espiritual e da falta de sensibilidade pelas coisas de Deus;
  • porque são poucos os que acolhem seu convite de Mãe para rezar, para reparar, para sofrer e para oferecer;
  • pelas almas de tantos filhos que se perderam e foram condenados à prisão eterna…

Não é à toa, que há mais de 30 anos, Nossa Senhora se manifesta ao mundo, através de Medjugorje, para nos convidar a percorrer o caminho da conversão e do retorno ao Senhor. Durante essas três décadas, Maria fala insistentemente e não a ouvimos; nos dá sinais milagrosos e não acreditamos nEla; se manifesta a humanidade, mas não abrimos a porta de nossos corações.

Nossa Senhora está presente no meio de nós, assim como esteve presente com Jesus no Calvário, mas na indiferença, a humanidade prefere seguir pela estrada da perdição. Mas Ela conhece as fraquezas que dominam o coração dos homens, e como verdadeira Mãe, não desiste de seus filhos. Ela não se cansa, e a todo o momento, insiste em nos arrancar do vício, da decadência moral e principalmente da perdição, nos estimulando a praticar os ensinamentos do Evangelho e a revitalizar a fé cristã tradicional. Ela quer que comecemos a viver uma vida de orações, em humildade e com amor a Deus e ao próximo, para podermos participar de um novo tempo de harmonia e paz no Reino de Cristo.