Como é grande o “padre” de Jesus Cristo

O padre é o reapresentante de Jesus Cristo na terra, é um outro Cristo: “alter Christus” é o cooperador, o vigário do Filho de Deus: “Dei adjutores sumus.

Seus poderes são tão grandes que excedem aos de todos os anjos e santos, aos da própria Virgem Santíssima, diz S. Bernardino de Sena.

O padre é um poder imenso, é uma grandeza, uma majestade, uma sublimidade a que nada neste mundo se pode comparar. O estado eclesiástico, escreveu S. Gregório, é a primeira, a mais nobre e mais excelente parte do corpo místico de Jesus Cristo!

Ah! como é grande o padre de Jesus Cristo, dizia o Santo Cura d’Ars, só no céu será bem compreendido… se o fosse na terra, morrer-se-ia, não de medo mas de amor.

Uma tal grandeza, não é, pois, digna da nossa mais profunda admiração?

Cerquemos de todo respeito, de todo acatamento a pessoa do sacerdote, vendo nela não o homem com todas as suas misérias e fraquezas, mas a Pessoa adorável de Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem ele é legítimo representante.

Santa Catarina beijava as pegadas do sacerdote e São Francisco de Assis dizia que se encontrasse um anjo e um sacerdote primeiro iria beijar as mãos do sacerdote, depois saudar o anjo. Estes e todos os santos que viam da fé a maravilha do sacerdócio sabiam avaliar a sua grandeza.

Evitemos falar de sacerdotes em críticas mordazes e com palavras irreverentes. Dos sacerdotes, disse D. Bosco, ou falar bem, ou nada dizer. Se o ministro de Deus teve a desgraça de cair nalgum abismo, se a desgraça de um crime pesa sobre ele, ah! Não sejamos cruéis para com este infeliz ministro prevaricador; abstenhamo-nos de falar deste crime, ocultemo-lo dos olhos do povo, se possível for e lembremo-nos que o padre é “pai”. O que faríamos em tais circunstâncias ao nosso pai segundo a carne, devemos fazer ao nosso Pai em Jesus Cristo: o padre.

Da consideração ao sacerdote, e, por conseguinte ao seu ministério, depende em grandíssima parte a restauração e o florescimento religioso da sociedade. Deveis, pois, almas todas esclarecidas, trabalhar na medida de vossas foças para que o clero seja rodeado daquele respeito, amor e veneração que merece pela alteza de suas funções e que convém para a santificação da grei cristã.

“Deus no céu e eu na terra, nada desejamos com mais ardor do que orações e sacrifícios pelos sacerdotes. Peçamos muito a Deus que nos dê sacerdotes santos. Tendo nós sacerdotes santos tudo o mais se seguirá: faltando-nos eles, de nada nos servirá o resto“. (Pio X I)

Por Pe. Emílio Silva de Castro